A verdade é que Notícias em Três Linhas não é fácil de encaixar num género literário tradicional. Em 1906, Fénéon foi convidado a escrever, no jornal diário Le Matin, notícias em três linhas, e são essas notícias breves que foram coligidas (mais de 1200 “breves”) e dão corpo a este livro (com um prefácio do tradutor Manuel Resende que dá ao leitor a contextualização necessária para melhor usufruir das “breves”).
Jean-Yves Jouannais, no seu Artistes sans Œuvres, classificou Fénéon como escritor póstumo pois não deixou nenhum livro publicado e, muito ao estilo bartlebyano, preferiu não o fazer. Este Notícias em Três Linhas seguiu a edição de Jean Paulhan, de 1948, quatro anos após a morte do autor. Jouannais vai mais longe e compara a estrutura de Notícias em Três Linhas com a de um haiku. Fénéon foi capaz de exprimir o espírito da época com grande mestria no domínio da síntese.
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