"Águas-Fortes Portenhas" no jornal Público

Algumas destas Águas-Fortes" estão ao nível da melhor produção de Roberto Arlt, confirmando o risco, o rasgo, uma toada narrativa próxima da música e que tem a ver com a forma como se apropria da linguagem da rua, da gíria, dos dialectos, para fazer o retrato de preguiçosos, parasitas, pobre-diabos, malandros, namoradinhas entediadas com os namorados, sonhadores, hipócritas, coleccionadores de histórias, gente que se faz de morta, homens honrados, cuscos, vesgos e coxos, solteirões, os que procuram eternamente emprego ou os 'squenuns'.

Excerto do texto de Isabel Lucas sobre Águas-Fortes Portenhas, de Roberto Arlt, na edição de hoje do jornal Público.